oi gente. esse texto tá fragmentando meu cérebro, então não vou ser breve.
Eu não quero ver o mundo virar pó.

Eu não sei o que eu quero falar. Eu acho que este, isto, este texto, é um produto do estado em que me encontro, interpretem como quiser. Não me importo mais. Eu nasci numa velha encarnação, daí tem aquela história que Peixes é a alma que está na última encarnação antes de ? Parece que eu sou esse caso. Nasci no dia 24. Do mês 2. De 1995: 24 somando. Luana Piovani, eu te entendo. Narcisa Tamborindeguy, eu te entendo. Pra eu estar aqui… Digitando do mais lamacento fosso da neurodivergência negligenciada na classe trabalhadora de um país da periferia global.
Gênese
Eu tive um choque na infância. Minha figura materna era minha avó. Eu não sei o porquê. Hoje, enquanto eu bebia um drink com 2 bebidas sabor pêssego + cachaça, pensei em me doar à psicanálise. Na minha cabeça, estou em outra coisa. Me tornar psicanalista está além do meu horizonte, porque eu não tenho horizonte. É antes de morrer, e talvez PARA não morrer, eu me doarei à psicanálise. Eu irei para onde me estudem e me coloquem sob análise repetida e constantemente. Internado, com domicílio próprio, com ou sem emprego, eu juro me devotar ao avanço do entendimento da psicanálise sobre os impactos na mente humana que o capitalismo faz. Eu aceitarei contar tudo o que já vivi, com o devido teor de fantasia, mundo real e mundo simbólico.
Quando eu era criança assisti a um desenho com certo episódio em que, maleficamente, um cara começa a hipnotizar pessoas para que elas formem exércitos e quebrem shoppings. Tornam-se brutamontes militarizados anticonsumistas. A três jovens descoladas, hábeis e engraçadas fazem o quê? Salvam o mundo desse vilão. Elas magras. Com apetrechos incríveis. Numa escola gigantesca, laboratórios, viajar o mundo, derrotar os maus (sempre pessoas corrompidas e megalomaníacas). Foi onde aprendi a palavra “descolado”. Nerd. Brincava de ser elas. Adulto, a mais ou menos uma década, em meus estudos e curiosidades, virei ‘fã’ de uma série sobre uma agente da CIA… Que combate o terrorismo praticado por radicais islâmicos. Loira. Magra. Bipolar. Remédios. Quando ela não toma os remédios que controlam suas crises de humor, deixa de ver os detalhes e ligações entre suas fontes, observações e conhecimento de campo. Quando ela fica “louca” e se entrega ao estado de crise, consegue juntar as fotos no painel de cortiça na parede, com alfinetes e cordões vermelhos conectando tudo. Ela prende os bandidos. Ela para de tomar o lítio e cheira cafeína (!) pra acelerar o processo. Ela impede um ataque de gás sarin (informem-se) na Hauptbahnhof (informe-se). Glória. Ela é foda. Annie Walker: outra. O mesma curiosidade me levou a assistir a série na qual Homeland foi baseada: um combatente prisioneiro israelense retorna de muitos anos preso em território inimigo. Estou escutando um podcast sobre a formação de Israel e a origem antissemita do sionismo. Eu quero virar um objeto de estudo até a minha morte.
Crescei-vos
Fui ao cinema pela primeira vez no ensino médio assistir Missão Madrinha de Casamento com amigas. Dinheiro contado. Entendam isso como sintoma. Ir ao cinema não era um dia qualquer, era sair do sistema solar em termo de tamanho de mundo - e voltar à Terra. Minha expansão de conhecimento foi exponencial. Um pouco do que eu passo hoje é conhecimento demais. Este texto é arte e eu sei que é arte porque a imaginação pornográfica é tão vasta quanto a imaginação humana. Tenho atingido limites sexuais inversamente proporcionais à duração de meus últimos relacionamentos. Minha trajetória sexual é uma concha para dentro. Uma sequência de Fibonacci se insucessos. Fractal. Hoje trabalho em shopping e fico lembrando dos quebradores de shopping do desenho: eu te entendo. A pobreza da tecnologia a que chegamos é esfregada na minha cara todos os dias, nas fagulhas da interação humana. As pessoas me enojam. Para eu me cercar de pessoas que entendem o que eu passei na vida, eu tenho que manter somente aqueles que são o cimento da minha mente: família - o cimento dos meus traumas. Lá, na tenra idade, querendo ser a Clover, eu já recebia a ideologia como deve ser. Não ideologia escancarada. Ideologias de raspão. Destruir shoppings é feio. A pista de carrinho de corridas que você vai desejar com todo seu Desejo pode ser comprada em qualquer shopping. A pista de carrinho que passa no comercial do desenho. Do desenho que fala que destruir shoppings é feio, porque shopping são os lugares em que as jovens descoladas estão e passam a maior parte do seu tempo. Eu parei o podcast sobre Israel e coloquei Franz Ferdinand nos fones com bloqueador de ruídos. Não me ouço digitar, com o teclado a um palmo do nariz. Combina com esse momento. Eu não me rasguei em festas tocando Franz Ferdinand, eu vou me rasgar nu como estou para virar um objeto de estudo psicanalítico. Eu vou me rasgar puxando pelos dias sucessivos de umbral, um umbral que me encontro arrumando a bagunça de adolescentes que ouvem Franz Ferdinand se rasgando em festas. Enquanto dobro e organizo tudo o que eles tiraram do lugar, para ser retirado do lugar de novo, porque eles precisam escolher qual camiseta de time de basquete norte-americano precisam comprar para serem descolados. Eles bagunçam, eu arrumo. Eles só consomem se forem os primeiros a tocarem em um produto que veio do Vietnã. As caixas de mercadoria que estudantes de escolas (com todas as aspas) “americanas” vem do Vietnã. Sobre a ironia disso, informe-se. É o ponto de contato que temos. O objeto de desejo deles, que o tocam e deixam de um jeito que não comprariam, e o meu toque, o toque de deixar de um jeito que eles se atraiam para comprar. E a realidade tem sido isso. Um fractal de dissolução de tudo. Um esmigalhamento de limites, do tamanho que só as impressoras de chips de 4nm podem ser capaz de penetrar na sociedade. É essa a medida do alcance dos tentáculos do capitalismo nos nossos rabos, olhos, ouvidos, nariz, uretra, boca e… poros. Miofibrilas? Vírus de RNA. Todo mundo tem um chip muito pequeno em sua mão hoje. Nem todo mundo. Tem a população isolada que mora no mato… Ok, estou falando de quem tem e usa um celular. Depois de bagunçar o que deixa eles mais americanos e é caro, porque é todo um ecossistema, elas vão fazer dancinhas e se filmar com o celular na frente do espelho. Vídeo do Felca. Eu assisti aos prantos, em pânico. A infância que eu tinha, morreu. Eles, por seu lado, são filhos dos que, em sua infância, que era a minha também, tinham a pista de corrida que eu via nos comerciais. Os pais deles tinham o lava-rápido. Algum dos pais deles jogou no lixo, depois de perder até mesmo várias peças, e eu achei, do outro lado da cidade, dentro do carrinho de materiais recicláveis de uma senhora preta. Depois, vi o vídeo sobre a Virgínia. Parei de consumir conteúdo nas redes, mas o algoritmo alcança a gente na primeira postagem, no primeiro espaço de tela disponível. Mundo desmoronando. Gente surfando no desbarrancamento. Eles entram fedendo a perfume da marca dela, que tem um quiosque - não uma loja, estanque, encaixada -, mas um quiosque, no meio do corredor principal do shopping. Do virtual para o mundo real. Tudo que eu sei sobre ela foi contra minha vontade e sem meu consentimento. Não se pode mais não querer saber. O bom foi concluir, dia desses, depois de usar muita droga, que eu odeio genuinamente os Estados Unidos da América.
Multiplicai-vos
Nasci gay, me livrei de ter filhos. Considero uma audácia de certas pessoas cometerem um filho. Sem ofensa. Fazem filho e deixam na loja enquanto rodam o shopping comprando. No meu finado perfil no finado Twitter, tinha fixado que “A crise é, sobretudo, estética”. Os shopping-centers são o buraco de minhoca entre nós e o primeiro mundo. Pensa aí. No aeroporto, as potências entram sem pagar imposto, porque você que está num aeroporto já é provavelmente internacional - uau!, pisou num país estrangeiro, pode comprar lá - ou está em vias de ser - consegue comprar passagem de avião pra “conhecer o Brasil primeiro”. Mentira pra quem tem medo de gastar no internacional. Visto e câmbio são impeditivos categóricos. Mas assiste youtuber low cost patrocinado por cartão de crédito que dá passe para sala VIP com comida liberada. É Acapulco pro Chaves. Eu não quero estar nesse barco. Nessa barcarola de Caronte. Penso no fim e me vem Paulo Enriques Brito, Barcarola:
BARCAROLA
eu e (você) andando
, de mãos emprestadas, quase pelas ruas,
sem olhar para cima nem pros lados nem pra frente,
porém em direção ao Futuro. Ou ao Eterno. Ou ainda ao Sublime.
Ou coisa que o valha, ou qualquer coisa
que não valha nada.
eu (e você)
, nós dois, na noite quase escura,
pulando pelos paralelepípedos da rua asfaltada
brincando de amarelinha sem linhas nem pedra,
saltando por cima das regras, sem ligar a mínima,
eu e “você”, sem fôlego, sem direção,
furando sinais, cruzando fora das faixas,
comprando coisas em lojas fechadas
na parte mais feia da cidade
temporariamente morta,
eu e “(você)”, sem tempo, sem horário, sem
pressa nem propósito,
cortando a vitrine com o diamante do anel que
estamos tentando roubar da vitrine
que estamos cortando
com o diamante do anel que ainda vamos roubar
, eu e quase você, bêbados, desbundados, tontos de sono,
prostrados na praia artificial
polindo na areia plástica
a pedra do anel que a gente ia roubar
contando as estrelas que o dia já apagou
vendo o sol nascer às avessas
esperando o barco.
- Ó, lá vem o barco!
O barco.
O barco é a ambulância vindo me buscar, agora, eu nu no chão da cozinha escrevendo isso. Vão chamar ajuda ou vou precisar continuar?
Vamos como um folhetim. Você aí que fracassou em me salvar vai ler um pouquinho mais. Bem estilo história de copypasta. Nome odioso que eu detestei desde o momento em que soube que existia. Mais produto desse lixo desse sistema.
Estou aqui para me atravessar dele. Junto com o Franz Ferdinand, coloquei ao lado da tela que digito, uma cópia pirata de Bonequinha de Luxo. Enquanto o fogo tava ligado pra eu acender um baseado mais cedo, a mangueira do gás que estava fechada com sua braçadeira de plástico se soltou do fogão e o gás vazou livre pela cozinha. Vou confessar: talvez um chip de 4nm processaria a situação mais rápido que minha mente (atrasada hoje 02h48 desde as 21h de sua dose diária de amitriptilina e lítio - lítio esse mesmo que a Carrie toma em Homeland), primeiro avaliando de onde tava saindo aquele chiado do gás na mangueira, pra conseguir pegar o mais rápido possível. Depois de achar a ponta da mangueira e tapar com o dedão, fiz o menor trajeto da minha mão até a válvula para desligar o gás. Habilidades que eu me orgulho de ter muito baseada no desempenho das Panteras, Três Espiãs Demais, As Meninas Superpoderosas, Pequenos Espiões, The Americans, e por aí vai realismo anticapitalista norte-americano), e um robô evitaria a casa de ser incendiada com rapidez suficiente. Asimos não estão, garanto. Em breve- estarão. Não quero assistir o próximo nível, mas vamos chegar a ele. Agora eu vou analisar o poema costurando várias linhas do meu passado recente - também conhecido como a pior parte da minha vida até agora - pior ainda que quando eu tinha que tomar 3 injeções por dia. Matrix. Barcarola. Barca de Caronte, que nos leva ao Inferno. Todas essas palavras podem ter algum equivalente melhor e mais preciso, mas eu não vou considerar isso aqui de propósito.
Vou trazer o final pro começo porque eu gosto do conceito de ouroboros. Eu posso dançar no texto. Eu não entrei no mestrado porque não consegui analisar uma poesia. Pois então, vamos lá. Minha péssima última grande paixão e derrocada de tudo que eu considerava estável na minha vida, a última ilusão que eu tinha dos rumos da minha vida, caiu. É como se eu já tivesse pegado o barco de Caronte e já estivesse no inferno, sem lembrar da travessia. Minha cabeça é bem assim, tem flashes das coisas, flashes navalha às vezes. Mas é sobre minha paixão por M. que ainda preciso falar.
De mãos emprestadas pelas ruas. Porra. Eu no fim (adiado) de um relacionamento de 7 anos, ele no jovem primeiro namoro homossexual de sua trajetória sexual. Daí a psicóloga começa a falar várias coisas que eu sou? Como assim, galera, calma lá. Daí tem aquela fagulha, aquele choquinho que a Eevee dá no Wall-e. Vamos lá, doce criança, quer saber o que acontece na versão alternativa em que o Wall-e e a Eevee não ficam juntos no final? Que tal você viver isso? Temos décadas de avanço psiquiátrico que vamos cobrar caro para você acessar. É o pó e o cheirador do exemplo. Se relacione assim. Consuma isso. Se espelhe nisso. A felicidade tá nisso. Você não vai ter isso. O garoto do chuchu, que eu não sei o nome, eu só conheço como garoto do chuchu, porque tive dores intensas de tanto rir dos vídeos. É o sujeito sendo dobrado sobre si mesmo. É meu psicológico sofrendo uma fratura exposta pelo fim de um relacionamento que começaria pelo sexo incrível que tivemos. É assim que eu amo, transando até certos limites com alguém. Ele cumpriu seu papel de Eve, vai voltar ao seu dever, o senso de dever dele me embrulhava. Não namoramos porque, no fim das contas, ele não quis deixar o relacionamento péssimo dele. O Desejo desejando coisas que sequer sabemos que queremos. O Desejo não é da ordem do que queremos, é da ordem do instinto. Ele fez o que ele quis, mesmo tendo se apaixonado por mim exatamente pelo oposto do que ele tinha no namoro. Estou às voltas das raias da loucura. Por isso eu ando silenciosamente desesperado por um laudo, porque vai apontar uma direção a seguir que não seja o de .
Aí valemos o quê? Não podemos procriar. Seguir lá as coisas que tá na pedra que ninguém nunca viu, só passou de nóia em nóia por telefone sem fio. Eu dei aula na escola que ele estudou quando éramos pequenos. Estamos em fronteiras distintas no tecido social. Eu miro a decadência. Ele vai ter acesso a uma terceira idade confortável. Tudo o aparece na minha cabeça sobre ele tem astrofísica metida. Seja na ficção científica de Contato, seja na foto que o James Webb tira, ele é um aglomerado de galáxias no meu pensamento, uma supercorda. Fomos em direção a nós, nossa dissolução em um buraco negro que iria engolir meu eu sujeito e ele sujeito, eu Outro dele e ele Outro meu. Seria Call Me By Your Name. Eu criei um drink de pêssego hoje, Hidamari Cooking, Call Me By Your Name, Copacabana Club, Parasita. 1/4 de Pink Moon Pêssego, 1/4 de Moster de Pêssego, 2/4 de cachaça, toda essa medida em gelo adicionado. Outra loira foi Bridget Jones. Eu bebo porque lembro dela. Liz Greene. Chick lit. Coisa de mulher. Carrie Bradshaw. Beber. Liquor. Beverage. New York. Sex. Metropolitan, Cosmopolitan, MetGala, Sex Sells, pink money, pills, cigarettes, calmantes e barbitúricos que Carmen Miranda usava e a levou à . Se apaixone pelo marido que você queria que seu pai teria sido para sua mãe. Pela fantasia disso. E se disponha a enfrentar até os piores defeitos dele por ele. Em direção ao que quer que seja, mesmo que seja uma rota de colisão com o outro e com a falta que cada qual tem.
A gente foi e saltitou, viu? Pulamos muitos paralelepípedos… Nos devoramos. Onde teria ido parar é uma questão enorme para mim. Eu vim parar aqui, por isso eu me apego à pergunta, e não ao real.
Eu não vou analisar o poema todo. Isso foi só pra mostrar a vocês como poucas linhas de qualquer poema me atravessa de um jeito totalmente escancarado.
Lembrei agora de uma coisa que lembro pouco: da primeira vez que fiquei acordado durante a noite inteira. Na minha família, era uma época em que a gente podia comprar Nescafé. Foi assim até enjoar. Um dia eu joguei tudo que tinha no sachê direto na xícara, sem pegar com colher. Assisti as coisas que passavam quando minha mãe mandava eu dormir. Coisas tipo Os Normais, Tela Quente, Lost, Domingo Maior. Meu pai deixava eu assistir com ele às vezes. Filmes de guerra, policial, crime, suspense. Ganhei um certo poder. Quebrar uma regra sem quebrar. Ficar totalmente sozinho. Ver o dia nascer. Ler até tarde da noite na área de casa. Eu vi que ninguém vai entender isso e gostar disso em mim que não seja eu mesmo. E o tanto que eu gosto de mim pelos motivos errados, é impossível alguém chegar perto de gostar.
13/08 - 8h17
Acordei com o corpo muito pesado. Ontem saí 11h e pouco de casa e só voltei lá pelas 20h. A crise que começou esse texto se estendeu pela madrugada inteira e de manhã eu só conseguia chorar, olhando para as caixas cheias de uma mudança que eu não consegui terminar. Fui chorando até o único atendimento psiquiátrico do estado, de ônibus, resumindo: a médica que me atendeu me deu receita errada. Não sei o que ela errou porque eu tava de fone (eu tive que ficar de fone o dia inteiro porque estou totalmente sensível a barulhos). Só amassei a receita na frente dele. Me deu vontade de quebrar a farmácia, mas eu me contive. Na porta, tinha um gato de rua e eu quis espancá-lo. Quando saí, ele estava sentado no banco da moto de alguém. Pensei em começar fazendo carinho, depois descontar tudo nele. Quebrar-lhe os ossos. Quebrar-lhe o crânio. Matar com as minhas próprias mãos. Pelo menos ele iria parar de sofrer pelas ruas. Tenho certeza que o dono da moto só espantou ele, como um pedaço de lixo. Me assustei com esse pensamento e pensei em me bater, bater a cabeça em algum lugar, me machucar, me cortar, raspar a cabeça, fazer qualquer coisa que mostre que eu preciso de ajuda. Eu queria ser cuidado. O que eu ganho é uma receita fria. Voltei embora como passei o dia: chorando de óculos escuro. O que você faria se passasse 4h dentro de ônibus, 2h para ser atendido, chegasse na farmácia e o estabelecimento se recusa a vender o remédio que você precisa para não se matar? Aí você tem que voltar para sua casa que está metade guardada, tomar banho e dormir, porque você está a mais de 24h acordado. Você trabalha no dia seguinte. Você ganhou um dia de atestado. Minha cabeça ontem não conseguia pensar. Ninguém se importa. Ninguém quer nem precisa dar a mínima. Todo mundo precisa viver a sua vida, obrigado, de nada. Eu estou exausto. Eu queria ter tomado minha cartela inteira de lítio. Tomei 3 de uma vez só, junto com 3 amitriptilinas. Tá sendo um sofrimento lembrar que eu to vivo. Não faço diferença na vida de ninguém. Se eu morrer, que fique este texto de registro.